Somos professores da Rede Pública Estadual, autores deste Blog, que é um espaço para compartilharmos nossas experiências com a leitura e a escrita.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Situação de aprendizagem - Os sentidos

Vida e Ambiente
A relação com o ambiente e os órgãos dos sentidos


                  Série/Ano: 8ª série/ 9º ano
            3º Bimestre



1.       Tempo previsto: 4 aulas ( 1 aula para a sondagem, problematização e contextualização; 2 aulas para busca de dados e 1 aula para avaliação).

2.    Eixo temático: Vida e ambiente

3.    Subtema: Relações com o ambiente/Órgãos dos sentidos.

4.   Conteúdos: estímulos e receptores, os tipos de receptores, interpretação, reações e sensações, olfato, paladar, visão, audição e tato.

5. Objetivos: Compreender o mecanismo de funcionamento dos órgãos dos sentidos e sua importância para a interação do indivíduo com o meio ambiente,  reconhecer algumas doenças que afetam os órgãos dos sentidos e como devem ser tratadas, reconhecer a importância da inclusão dos indivíduos com deficiências que acometem os órgãos dos sentidos.

6. Justificativa: os seres humanos convivem todos os dias com diferentes situações, sensações, ambientes e outros seres vivos. Pela capacidade de sentir e interpretar reações, os seres humanos interagem e respondem ao ambiente conforme os estímulos que recebem. Com os cinco sentidos, eles utilizam em todos os momentos e interligando-os que nem sempre percebem toda importância de conhecer mais sobre os sentidos e, portanto, sobre si mesmos. Uma das melhores maneira de incentivar a aquisição desse auto-conhecimento é estipular desde cedo a consciência corporal dessas funções, que pode ser realizado no ensino fundamental através de vídeos, meios midiáticos e provações.
 
7.       Questionamento oral aos alunos: “Por que sentimos o que sentimos?” 

O corpo recebe uma informação do ambiente (estímulo) por uma célula (receptor) que envia uma mensagem para o cérebro (impulso nervoso) que a interpreta e responde  ( sensação).

8.       Problematização: a partir das respostas apresentadas pelos alunos, fazer novos questionamentos relacionados às situações do cotidiano  nas quais hajam a atuação dos sentidos  e buscar que sistemas se relacionam a essas sensações. Numa roda de conversa, fazer as seguintes perguntas:


       Por que não sentimos o cheiro de um perfume com o frasco fechado?

 -Por que pessoas com gripe não sentem o gosto da comida?
















- Podemos identificar os sabores pela visão?
- Por que sentimos gosto pela língua?


                                           


                                 
               







- Por que sentimos dor?

                         -












9. Contextualização: registrar as hipóteses levantadas considerando formas de testá-las e suas implicações cotidianas. Elaborar pequenos experimentos para testar as hipóteses, como por exemplo: compasso estimulando os receptores táteis em lugares diferentes do corpo, de canela com o nariz tampado, telefone feito de copo plástico e barbante, degustação vendado. Usar as conclusões dos alunos e fazê-los compreender que os sentidos permitem nossa interação com o meio ambiente.


10.       Competências e habilidades:  ler e interpretar textos, interpretar situação do cotidiano, responder a perguntas de forma objetiva, emitir opiniões quando forem solicitadas, argumentando-as, relacionar informações representadas na forma escrita e conhecimentos prévios para construir argumentação consistente, realizar procedimento experimental, coletar e registrar dados experimentais, formular hipóteses para explicar dados experimentais.

11.       Busca de dados de forma diversificada: pesquisa prévia sobre os cinco sentidos, pesquisa em livro didático, imagens, reportagens, internet, revistas, vídeos, quadrinhos/desenhos, etc. Observação direta dos estímulos: sons, cheiros, gostos, texturas, luminosidade (intensidade e cores).

12.       Sistematização do conhecimento:
 Ver o vídeo (Mundo de Beakman) e produzir um texto



 Interpretação de tabela contendo os tipos de estímulos x órgãos receptores/sensores:

Estímulo
Receptor
Localização
      Cheiro de perfume


      Furo de agulha no dedo


      Sabor do sorvete


      Música do MP3


      Programa de TV


      Calor ao encostar em uma panela quente




Discutir a importância de cada sentido e exemplificar os tipos de “deficiência” nos sentidos (miopia, daltonismo, cegueira, surdez, hanseníase)


Os alunos as alunos poderão também produzir textos ou elaborar esquemas que demonstrem as relações entre o sistema nervoso e os órgãos dos sentidos.

13.       Avaliação: Participação dos alunos na elaboração de hipóteses, elaboração de um mapa conceitual e por fim a elaboração de um acróstico em que os alunos escolhem palavras – chave  relacionadas ao tema estudado e a partir delas, elaborar um texto, que pode ser uma narrativa ou qualquer outra forma de gênero textual. As palavras selecionadas deverão aparecer no texto que deverá ter um título apropriado ao texto produzido.
                                                                          
      N 
     O
     S
     S
     O
     S

     S
     E
     N
     T
     I
     D
     O
     S

14.       Recuperação: Leitura e  interpretação  do texto: “Antes da aula”

Antes da aula
Que fome, minha barriga está roncando! Ainda bem que minha mãe já está preparando o almoço. Este cheirinho de feijão está me dando água na boca. "Felipe, venha almoçar" Ufa!Já não aguentava mais. Vou  correndo para a cozinha e, sem prestar atenção, encosto o braço na panela quente. Ai! Sem querer derrubei meu prato. Sorte que eu ainda não tinha me servido. Após saborear a deliciosa comida de minha mãe, escovo os dentes e vou para a escola. No caminho vou pensando na Juliana. Será que ela vai falar comigo hoje?. Será que ela notará que eu cortei o cabelo? Nossa já são quase 13h! O sinal já vai bater e tenho que correr para não me atrasar. Biiiiiiiiii! Que susto! Se o motorista  não buzinasse, eu não pararia e provavelmente seria atropelado por esse ônibus. Atravesso a rua com mais cuidado e continuo o meu trajeto para a escola. Se eu correr mais um pouco, chegarei para a primeira aula. Pronto, consegui. Ainda faltam  três minutos para o sinal bater. Vou beber água e passar água no rosto, pois estou com muita sede e todo suado. Este calor está me matando. Trrrrrrrrriiiiiiiiim! Subo para a sala de aula e, no caminho, encontro com ela. "Oi, Juliana."  "Oi, Felipe. Você cortou o cabelo?"Senti minha bochecha corar e fiquei sem fala. A única coisa que consegui fazer foi balançar a cabeça afirmando que sim. A  aula de Ciências começou.


1. Construa uma  tabela com os estímulos do ambiente que causaram diferentes sensações em Felipe e qual foi a sua reação a cada um deles. Baseie-se nos exemplos:

Estímulo
Reação
     "cheirinho de feijão fresquinho”                 
        "...está dando água na boca"














2. Quais sentidos foram estimulados em cada uma das situações?


3. É possível imaginar outras reações aos estímulos citados no texto? Quais?


4. Reescreva o texto utilizando as reações citadas na questão anterior. Será que Felipe consegue chegar para a aula de Ciências?







quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sonhos Alquímicos (Sugestão de leitura)

http://cienciaeleitura.blogspot.com.br/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1802200701.htm

Texto de MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "A Harmonia do Mundo"


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Apresentação Maria Beatriz



Meu nome é Maria Beatriz, sou professora de Química a 20 anos e de Ciências algumas
vezes para completar a carga horária. Minha formação é Licenciatura em Ciências Habilitação
Química. Penso como a Marisol: apesar de todas as dificuldades fazemos a diferença.

Depoimento das minhas experiências com a escrita e a leitura

                     . 
Na Escola as minhas redações eram sofríveis e o fato de fazê-las também geravam
sofrimento. Assim passei a minha vida, acreditando que a escrita não era para mim.
Como nós nos adaptamos a tudo, me adaptei fugindo como pude de escrever
 qualquer coisa. Enquanto a leitura se desenvolveu muito bem, inspirada na minha
 irmã mais velha, que lia de tudo, de bula de remédio a livros de filosofia, romances
etc. No meu quarto sempre havia uns três a quatro livros  a serem lidos, trazidos por
minha irmã, que eu acabava devorando também. O engraçado foi que o meu
primeiro emprego foi em uma biblioteca. Mais leitura. Na faculdade quando havia
trabalhos em grupo eu sempre me propunha a ler os textos propostos e fazia relatos
orais para que outros escrevessem. Só muito mais tarde, fazendo os cursos da Rede
do Saber, onde foram pedidos alguns relatos de experiência, tive consciência de que eu
poderia escrever. Sempre antes de entregar o texto eu pedia a uma colega para fazer a
 correção e ela vinha com um, dois errinhos. Um desses relatos foi o único da sala a
receber menção "Parabéns" da professora e todos quiseram ler para saber porque.
Concluí, então, que o fato de ler bastante aprimorou a minha escrita e talvez um dia ainda
escreva um livro. 
  

Depoimento de Maria Carolina

Sempre gostei de ler!!.. 
Não sei exatamente quando eu aprendi a ler, e como eu aprendi a ler. Disso eu não lembro.
Sei que sai do jardim sabendo ler e escrever, e por minha mãe ser da área de Letras, tinha muitos livros em casa, minha mãe sempre lia, e acho que ela que me inspirou a gostar de ler.
Quando sai do jardim, não fui para a 1ªsérie, pois não tinha idade adequada. Fiquei 1 ano em casa, e por conta disso, meus pais compraram uma coleção de 12 livros, um por mês, e cada livro tinha a história do dia. A letra era pequena, havia textos grandes, pequenos, de diversos assuntos.. mas lembro bem de eu ler uma história por dia.
Quando entrei no primário, já lia outros livros.. 
Deu saudades de quando lia um monte de livros, e tinha muito tempo para isso. 
Li vários livros da coleção Vagalume e da série Bom Livro.
Até hoje leio muito: artigos científicos, livros científicos... Tanto em português como em inglês.
Sinto falta de ler livros que me façam viajar no tempo.. de pensar nas histórias que estou lendo..  Mas, infelizmente, meu tempo ficou um tanto restrito.
Assim que tiver umas férias, que seja um semana, pegarei m livro, e irei viajar novamente.



Apresentação - Maria Carolina



Olá!
Sou Maria Carolina, formada em Ciências Biológicas há 2 anos e meio na Universidade Estadual de Maringá, Paraná. Sou professora de Ciências e Biologia da rede de ensino público do estado de São Paulo há 1 ano e meio.
Por gostar tanto de estudar, voltei para a universidade há 1 ano, para fazer mestrado em Ciências no CENA/USP. Por conta disso, eu viajo toda semana de uma cidade a outra, para não deixar meus alunos e nem deixar meus estudos.

domingo, 15 de setembro de 2013

Depoimento de Marisol

Aprendi a ler com 7 anos de idade, que foi meu primeiro ano escolar. Não posso dizer que o estímulo à leitura em minha casa era muito grande. Eu tinha uma atração especial pelos poucos livros que havia em casa, primeiro me chamavam a atenção os desenhos e depois então queria saber a história. Quando eu ainda não sabia ler, me recordo que minha mãe lia histórias infantis para mim algumas vezes. Me lembro também do dia em que cheguei para os meus pais e lhes disse tinha lido o primeiro livro inteirinho da minha vida: “Chapeuzinho Vermelho”, meu pai me disse que eu deveria me dedicar à matemática! Rsrs... foi um balde de água gelada! Era sua visão de mundo, não lhe culpo. No decorrer da minha vida escolar, tive alguns professores de português que estimulavam a leitura. Na minha adolescência, aos 13 anos, eu tinha uma amiga, minha melhor amiga, que lia muito e me contava as historias dos livros que lia e seus relatos me faziam ter muita vontade de ler esses livros. Aos 15 anos comecei a estudar em uma escola que tinha biblioteca e a partir daí, com a facilidade de ter acesso aos livros, eu “devorava”, cada semana ou 10 dias começava um novo livro. Essas leituras me serviram para a “construção de sentidos” que me permitem hoje compreender melhor o que leio. Assim como ocorreu comigo, concluo que também muitos de nossos alunos não recebem o estímulo à leitura em casa com a família, dessa forma o papel da escola é fundamental para estimulá-lo e para proporcionar seu acesso à leitura. Assim sendo, cada um em seu momento, tendo diante de si o estímulo e a oportunidade de ler, despertará para o prazer e a consciência da importância da leitura em nossas vidas.